Já contei aqui a história da minha amiga Alexsandra Rodrigues. Somos amigas há pouco tempo. Há dois anos ela teve sua perna direita amputada. Depois eu vou escrever uma história mais completa com todos os detalhes para postar aqui. Vou escrever o acontecimento de hoje antes que eu perca a vontade de escrever.
Eu quero ir morar na Terra do Nunca com o Peter Pan e não crescer mais!!!!
Eu ri mais ainda... Então expliquei que a minha amiga tem uma irmã, a Sandra Rodrigues que a leva a outro mercado.
Aqui a prótese sem o detalhe grafitado. |
E o acontecimento de hoje, merece uma postagem
A Alexsandra está carente de amigos. Depois que perdeu sua perna, as pessoas se afastaram e hoje ela tem pouquíssimos amigos. Pouquíssimos, mas verdadeiros. Pois os verdadeiros amigos, conhecemos nos piores momentos da nossa vida.
Eu tenho uma página no facebook onde divulgo meu trabalho e sempre compartilho o progresso da Alexsandra que está reaprendendo a andar com sua prótese. E foi justamente a prótese que as pessoas adultas abominaram e abominam, que um garoto de apenas cinco anos achou interessante.
Essa foi a minha postagem:
Amiga Alexsandra Rodrigues olha isso... Encontrei o amor da sua vida. E ele vai comer muita beterraba pra namorar com você.
Eu gosto de patinar aos sábados e domingos à tarde. Às vezes meu filho Ives Suassuna me acompanha de skate. Essa febre de skate me faz levá-lo e buscá-lo no clube diversas vezes, e hoje sou a mãe "irada" da turma dele de skatistas.
Bom, hoje fui ao supermercado Horticenter e escutei um menininho gritando: "Mãe, olha lá a menina do roller (meus patins são de 5 rodas em fila)..." e correu para falar comigo. Amei o "menina" né?
Enquanto a mãe chamava por ele, eu falei: "Pode deixar mãe. Amo crianças."
Olha nossa conversa:
- Oi menina do roller, tudo bem? - ele perguntou.
- Tudo bem sim e você? Meu nome é Ângela e o seu?
Ele disse o nome, mas vou guardar segredo pelo simples motivo de ser muito conhecida e várias pessoas me viram conversando com esse garotinho no mercado. Não tenho autorização por escrito para divulgar, embora seja por uma boa causa. Mas sempre existem pessoas maldosas achando que eu quero aparecer. Pelo simples motivo de eu não ser "deficiente" e viver no mundo de pessoas "deficientes". E hoje em dia as pessoas nos processam por qualquer coisa.
Continuando...
Continuando...
- Nossa, outro dia vi você andando de roller e seu amiguinho de skate do seu lado. Achei mó irado.
- Onde você me viu? - eu perguntei.
- Na Pedro Botesi. Faz tempo já. Eu fui aprender andar de bicicleta. Você nem olhou pra mim. Mas também eu ando de rodinha ainda. Eu tenho medo de cair.
Eu rindo muito respondi: "Então... Eu não olho muito para os lados porque eu também tenho medo de cair de patins."
- Jura?" - Admirado porque eu também sentia medo. - E seu amiguinho anda bem né?
- Aquele menino não é meu amiguinho. Ele é meu filho. - eu disse.
- Nossa!!! Seu filho? E você deixa ele andar de skate? Minha mãe não deixa eu andar de skate. Ela fala que é perigoso. E que quando adulto fala alguma coisa, é pra eu escutar. Porque adultos sabem das coisas. Não sabia que existiam mães assim.
- Assim como? - eu quis saber.
- Ah... da hora sabe? Sou seu fã...
Eu ri mais ainda. Mas fiquei feliz porque eu tenho fã.
- Mas eu acho que adultos não sabem das coisas sabe porque? - ele começou. E nem deu tempo de perguntar que ele já foi falando:
- Olha só, meu pai bebe e depois vai dirigir. Isso é perigoso. Eu vi na televisão. Andar de skate não é perigoso.
- Olha só, meu pai bebe e depois vai dirigir. Isso é perigoso. Eu vi na televisão. Andar de skate não é perigoso.
Que coisa!!!
- Quantos anos você tem? - perguntei.
Então ele ergueu apenas uma mão me mostrando 5 dedos. Ele tem apenas cinco anos.
- Você tem mais que duas mãos né?
- Não. Eu tenho duas mãos só. - respondi.
- Eu sei menina do roller. Dããããã. Eu tô falando de anos. Não cabem nas suas mãos né?
Ri mais ainda. Estava ficando com dor no abdômen de tanto rir. Mas segurava para não rir, pois ele falava tão sério...
Então ele solta a pérola: "Quando eu crescer, eu quero ter uma namorada poderosa como você."
- Eu poderosa? Como assim poderosa?
- Uma amiga da minha mãe é sua amiga no facebook e ela acha engraçado quando vc mostra fotos sua passando roupa, cozinhando... Você é engraçada. E você nada de pé de pato, luta jiu-jitsu, você faz mímica (essa foi a melhor), anda de roller, canta e sabe o que é mais legal?
- O quê?
- Eu vi que você tem uma amiga que tem uma perna de Robocop. Nossaaaa!!!!! Eu acho irado demais isso. Porque você não traz ela no mercado com você?
Até cruzar as pernas ela já sabe. |
Sem cruzar as pernas. |
Olha aí a perna do Robocop. |
E é irada mesmo. |
Eu ri mais ainda... Então expliquei que a minha amiga tem uma irmã, a Sandra Rodrigues que a leva a outro mercado.
- Ah, mas você podia trazer ela um dia aqui né? Posso falar uma coisa?
- Pode sim.
- Minha mãe falou que beterraba faz a gente crescer rápido, só que eu odeio beterraba. Mas vou começar a comer agora.
- Mas porque você vai começar a comer agora? - perguntei curiosa.
- Porque daí eu cresço mais rápido pra namorar com você.
Ai que fofooooooooooooooo. E eu procurando o amor da minha vida há mais de mil dias... Eu ri muito e falei:
- Você é muito inteligente para um menino de 5 anos. E um gatinho também. Então coma beterraba que eu vou esperar você crescer pra namorar comigo. Eu estava mesmo procurando um namorado.
- Jura? Ah tô feliz agora viu?
E foi embora todo feliz encontrar com a mãe dele que o chamava.
Mas daí ele voltou:
- Olha menina do roller, vou falar uma coisa que você vai ficar triste.
- Pode falar. Não vou ficar triste com meu futuro namorado não. Está muito difícil achar um namorado. Inteligente como você então... - eu disse.
- Eu venho sempre aqui no mercado com a minha mãe. Traz a sua amiga aqui um dia.
- Era isso que eu ficar triste?
- Não, é que quando eu conhecer a sua amiga. Eu vou perguntar pra ela se ela espera eu comer bastante beterraba. Porque aí eu vou crescer e querer namorar com ela. Não com você. A perna dela é muito irada "mano".
- Não fico chateada não. Eu também acho a perna dela muito irada.
- Compra uma ué...
Então dessa vez ele correu para sua mãe e não voltou mais.
Ai gente, eu fiquei tão emocionada que segurei pra não chorar com a sinceridade e inocência linda desse menino. Eis a prova de que nascemos com a alma pura e transparente.
Crianças nascem livres de qualquer espécie de preconceito. São adultos que influenciam... Porque os adultos não podem ser crianças pra sempre?
Que lição eu tirei dessa história? A mais importante de todas. Crianças são nossos melhores professores.
- Como um adulto diz que é perigoso andar de skate, se esse mesmo adulto bebe, sai dirigindo e o próprio filho diz que viu na TV que isso é perigoso? E ainda põe a vida dos passageiros em risco?
Lição 1 - Nunca diga ao seu filho o que fazer. Seja exemplo
- A prótese que é algo que as pessoas abominam, é justamente a parte que chamou a atenção do garotinho.
Lição 2 - Realmente nascemos puros e com a alma transparente. Mas vamos absorvendo o "conhecimento" dos adultos e acabamos sendo influenciados pelos mesmos. Então já que somos adultos, sejamos mais conscientes e menos preconceituosos. Menos: "Se precisar de alguma coisa." e mais: "Deixa comigo."- Talvez o seu cabelo, sua barriga, seus dentes e mais uma infinidade de coisas que outras pessoas achem feio em você, vai ser justamente o feio, que alguém muito especial vai achar belo. Então, não existe o feio nem bonito. Somos nós quem vestimos de beleza as coisas que julgamos belas.
- Ele sentiu que eu ficaria triste quando me dissesse o que precisava dizer. E mesmo assim, sabendo que eu iria ficar triste, simplesmente disse.
Lição 3 - Vale sempre dizer a verdade, mesmo que esta doa. Verdade às vezes dói e machuca. Mas na cabeça de criança, a dor vai passar rapidinho como a dor de um joelho ralado. Um dia sara.
- E quando eu disse que achava a perna dela irada ele retrucou: "Compra uma ué." - Morri com essa. kkkkkkk. Simples assim
Lição 4 - As coisas são extremamente simples. Nós é que complicamos.
- E mesmo este garoto não gostando de beterrabas, ele vai começar a comer para alcançar seu objetivo.
Lição 5 - Nada é fácil nesta vida. Se você quer realmente algo, alguns sacrifícios são necessários.
- E mesmo este garoto não gostando de beterrabas, ele vai começar a comer para alcançar seu objetivo.
Lição 5 - Nada é fácil nesta vida. Se você quer realmente algo, alguns sacrifícios são necessários.
Moral da história: "Aos olhos do preconceito, eu sou perfeita!!!! Tenho todos os membros. Mas minha amiga Alexsandra literalmente passou a perna em mim. kkkkkkkkk. O garotinho em vez de preferir namorar comigo que tenho as duas pernas, preferiu namorar com ela porque a perna dela é de Robocop. E pronto e acabou. Quem vai convencê-lo do contrário? E agora eu estou chorando enquanto termino de escrever essa postagem. Choro porque eu queria pegar aquele menino no colo, abraçar, morder, tirar uma foto e mostrar para vocês aqui. Mas eu fiquei sem ação na hora. E porque eu fiquei sem ação? Porque um menino de apenas cinco anos partiu meu coração. Mas não por me magoar. E sim por me mostrar que ainda há esperança para a raça humana"
Hoje eu só queria tomar chocolate quente com canela no céu na companhia de três homens inteligentes que foram morar por lá. Certamente eu teria muito assunto com eles.
Coisas que infelizmente eu não tive tempo de dizer para:
João Ubaldo Ribeiro: Sobre o seu livro "Vencecavalo e o outro povo" publicado em 1974, eu prefiro o título original: "A guerra dos Pananaguás." Eu li o seu primeiro romance "Setembro Não Faz Sentido" e fico feliz que tenha aceitado a sugestão da editora para mudar o nome original que seria "A Semena da Pátria." Até hoje acho que este nome não iria combinar com o romance.
Ruben Alves: Eu também gosto, quer dizer, eu amo Ipês amarelos. Eu li "Quando Florescem os Ipês" quando tinha 13 anos.
Ariano Suassuna: Eu adorei ler Uma Mulher Vestida de Sol. E eu também não gosto da Caetana. Eu a acho extremamente assustadora.
Uma pergunta que eu acredito que eles me fariam: "Você leu 50 Tons de Cinza Ângela?"
Eu responderia: "Não. Não li. Não li porque quando eu leio, procuro me envolver com o livro. E me imagino sendo uma das personagens. Não acho que tenha algo em comum com a namorada do Grey."
E eles não me achariam louca por isso. E se achassem diriam: "Os loucos são primos legítimos dos escritores.Você subiu no nosso conceito."
Mas, voltando à realidade: Bom dia quinta-feira...
Coisas que infelizmente eu não tive tempo de dizer para:
João Ubaldo Ribeiro: Sobre o seu livro "Vencecavalo e o outro povo" publicado em 1974, eu prefiro o título original: "A guerra dos Pananaguás." Eu li o seu primeiro romance "Setembro Não Faz Sentido" e fico feliz que tenha aceitado a sugestão da editora para mudar o nome original que seria "A Semena da Pátria." Até hoje acho que este nome não iria combinar com o romance.
Ruben Alves: Eu também gosto, quer dizer, eu amo Ipês amarelos. Eu li "Quando Florescem os Ipês" quando tinha 13 anos.
Ariano Suassuna: Eu adorei ler Uma Mulher Vestida de Sol. E eu também não gosto da Caetana. Eu a acho extremamente assustadora.
Uma pergunta que eu acredito que eles me fariam: "Você leu 50 Tons de Cinza Ângela?"
Eu responderia: "Não. Não li. Não li porque quando eu leio, procuro me envolver com o livro. E me imagino sendo uma das personagens. Não acho que tenha algo em comum com a namorada do Grey."
E eles não me achariam louca por isso. E se achassem diriam: "Os loucos são primos legítimos dos escritores.Você subiu no nosso conceito."
Mas, voltando à realidade: Bom dia quinta-feira...
Yang Yang é uma jovem que cuida sozinha de sua irmã Peng, uma nadadora que está treinando para as Olimpíadas de Surdos. Um dia, Yang Yang encontra Tian Kuo, o rapaz que entrega marmitas na piscina onde Peng treina. Apesar de se comunicarem apenas pela linguagem dos sinais, o amor entre eles supera a lacuna criada pelo silêncio.
últimas notícias
Um coração para Heloísa - Campanha para doação de órgãos
quarta-feira, julho 02, 2014http://nogueirense.com.br/a-luta-de-heloisa/
A luta de Heloísa
Família de Artur Nogueira luta por transplante para a filha de 2 meses e faz campanha sobre a importância da doação de órgãos
Rafaela Martins
Foi há mais de 3 meses que Lidiane Aleixo descobriu que sua filha, ainda sendo gerada em seu ventre, teria miocardiopatia hipertrófica. A doença que comprometeria o bom desenvolvimento cardíaco da criança foi descoberta com 30 semanas de gestação. Mesmo sabendo desse problema, os pais da pequena Heloísa decidiram lutar pela vida da filha.
Em pesquisa foi descoberto que as miocardiopatias são doenças progressivas que alteram a estrutura e comprometem a função de bomba da parede muscular (miocárdio). O termo miocardiopatia hipertrófica (MCH) indica um grupo de doenças cardíacas caracterizadas por um espessamento anormal das paredes ventriculares (hipertrofia). A miocardiopatia hipertrófica pode ser um defeito genético-hereditário. Geralmente, qualquer espessamento das paredes musculares do coração (hipertrofia), representa um aumento da carga de trabalho.
Foi nessa condição que Heloísa nasceu no Hospital do Coração (HCor), em São Paulo, no dia 05 de Maio de 2014. A surpresa foi que ao nascer a hipertrofia parecia estável. Heloísa ficou em observação durante 11 dias. Apresentando uma boa resposta aos medicamentos a mãe e o bebê foram levados para casa. Mesmo com acompanhamento médico regular, a vida dessa família seguiu em frente.
Depois de 35 dias tendo um bom desenvolvimento, Heloísa passou a preocupar os familiares. Apresentando um cansaço anormal, a menina foi levada ao pediatra para ser examinada. Vendo que algo estava alterado, Heloísa foi encaminhada para o HCor. Constatado a piora no coração da criança e tendo como a única solução o transplante, a jornada da pequena guerreira começou a trilhar caminhos de luta, mas também de esperança.
“Estávamos muito agradecidos a Deus pela saúde e força da nossa Heloísa, curtindo cada minutinho com nossa pequenina e nossa outra filha, Maria Clara. Mas começamos observar nossa bebê cada dia mais cansada. No dia seguinte a levamos ao médico onde foi constatado que ela estava bem, porém com a frequência respiratória um pouco alta. Depois de realizar exames foi constatado uma piora no coração. Nesse momento meu chão caiu. Senti uma dor profunda. Tive muito medo”, descreve a mãe.
Hoje, com 2 meses de vida, a menina tem passado por uma grande jornada em busca de um novo coração. Internada desde o dia 19 de junho, Heloísa se encontra estável, mas permanece levemente sedada.
Segundo a Dra. Ieda Jatene, cardiologista e responsável pelo setor de cardiopediatria do HCor, o caso da Heloísa só terá solução quando for realizado esse transplante. “Nós alertamos para o diagnóstico precoce em cardiopatias congênitas. Estima-se que, de cada mil crianças nascidas vivas, de cinco a oito nascem com doenças no coração. Essa doença que a Heloísa tem não é a mais comum, mas também não é rara. O problema dela é que a doença compromete os dois lados do coração. Sendo assim não existe nenhuma outra técnica cirúrgica convencional para tratar. Os medicamentos podem ser um dispositivo de manutenção até que seja realizado a doação do órgão”, explica a cardiopediatra.
Para o transplante acontecer, Heloísa precisa receber o coração de um doador de 4kg a 12kg e que tenha o tipo sanguíneo A+. Outro fator que pode impossibilitar a rapidez do transplante é o fato de que o número de doadores infantil é pequeno. “Os casos infantis são mais difíceis por causa da compatibilidade do tamanho de órgão e do tórax que se deve adequar. O doador não pode ter tido alguma doença sistêmica, ou seja a criança deve ter falecido por uma fatalidade. Todo doador tem que ter a morte encefálica constatada para que possa realizar os trâmites da doação”, expõe Dra. Ieda.
Mesmo com o desafio, Heloísa tem lutado pela vida. Com garra e força de vontade a pequena tem respondido positivamente a todo tipo de tratamento que está sendo realizado. Esperançosa, Lidiane conta que a previsão para o nome da Heloísa estar na fila do transplante seja até o final desta semana. Com uma infecção urinária, constatado no início dessa semana, Heloísa não está apta para receber um novo coração. “Sem constar o nome de Heloísa na fila para transplante a prioridade no momento é curar essa infecção urinária. Hoje receberemos os resultados do exame que comprovam essa melhora”, espera Lidiane.
Campanha ‘Um Coração para Heloísa’
Foi em um momento de desespero e falta de esperança que Lidiane recebeu um conselho de um amigo: “A fé é importante, mas a ação também deve fazer parte dessa luta”. Foi assim que a família decidiu usar as redes sociais como forma de conscientização da doação de órgão.
“Depois que entendi que além de crer eu tinha que agir, decidimos usar as redes sociais para dividir nossa luta, informar todos os amigos e familiares sobre o estado de nossa pequena. Posso dizer também que essa campanha tem me dado forças para continuar. Recebo o carinho e a oração de muitas pessoas que nem mesmo conheço”, explica a mãe sobre o ‘Diário’ criado no Facebook.
A partir de então, Lidiane passou a compartilhar o drama de Heloísa. É através da página, ‘Um coração para Heloísa’, com mais de 3 mil curtis, que milhares de pessoas tem participado do projeto que objetiva conscientizar sobre a importância da doação de órgãos infantil.
“Não precisamos de dinheiro, não queremos furar fila, apenas que as pessoas compartilhem e divulguem o caso, assim atingiremos o maior número de pessoas possíveis. Só assim aumentaremos a chance de salvar a vida da minha filha e a vida de milhares de crianças”, exclama Lidiane.
A campanha está sendo divulgada por diversas pessoas. Além de amigos e familiares, a própria população tem se compadecido e participado da campanha. Uma prova de que o caso da Heloísa tem alcançado grandes proporções é o fato do cantor sertanejo Marcos, da dupla Marcos & Belutti, estar divulgando e apoiando essa luta. Em seu Twitter, o cantor convida os fãs e amigos a partilharem a ideia.
Sem dúvida, a campanha é de extrema importância, fala a enfermeira do HCor Caroline Amorin. “Hoje falta conhecimento no que se refere a doação de órgãos. Ou as pessoas tem medo de doar ou não tem informações sobre quem e como doar. Ainda existe um preconceito do que é doação de órgãos. Mas isso deve mudar, pois o transplante está associado a melhora da qualidade de vida ou da busca pela própria vida”, explica uma das enfermeiras que tem acesso ao caso de Heloísa.
Mesmo passando 24 horas por dia ligada a campanha e ao lado de Heloísa, os pais da pequena guerreira acreditam que o melhor lugar para se estar é ali. “Mesmo sendo ruim estar longe de casa, da minha outra filha, sabemos que aqui é o melhor lugar, pois é aqui que temos grandes chances de salvar a vida da Helô. Vamos continuar fortes e confiantes nos planos de Deus! E continuaremos divulgando a importância da doação de órgãos até que consigamos um coração. Depois disso, iremos continuar com campanhas que ajudem outras crianças e adultos. Estamos todos juntos pela vida”, conta a mãe, emocionada e cheia de esperança.