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Ore por alguém que você não conhece

quarta-feira, outubro 30, 2013


A VIDA ENSINA – Aconteceu de verdade


Uma jovem estudante de medicina está com um câncer extremamente raro. Vai à loja onde aluga vestidos ver algo para sua formatura. Os efeitos da quimioterapia são devastadores. Ela anda com um saquinho plástico na bolsa, caso se sinta mal e precise vomitar. Sua pele está cinza e a aparência de uma pessoa doente é notória.

A vendedora da loja, que estava grávida, vai até ela e pede que espere ali (num canto escondido, onde ninguém pode vê-la) pois está constrangendo os clientes. A vendedora precisa muito deste emprego. Está grávida, separada e a gerente é muito chata
De repente Helena* se sente mal e tira seu saquinho para vomitar. As pessoas começam a cochichar:

“Será que é AIDS?”
“Tadinha, vai se formar em medicina.”
“Será que ela aguenta até o dia da formatura?”

A vendedora se aproxima e pergunta à Helena* se a doença que ela tem é contagiosa. Neste momento, a família de Helena* se aproxima. Estavam ali seus pais, cunhados e irmãs. Todos para alugarem seus trajes para o grande dia. Seu pai vendo o desprezo com que sua filha era tratada, pediu para chamar a gerente. Quando esta aparece ele diz: “Esta é Helena* minha filha. Ela vai se formar daqui a três meses em Medicina e eu quero o vestido mais lindo que você tiver aqui. Ela tem um tipo de câncer raro.” 
As pessoas se assustaram. Como falar o nome daquela doença assim?

O pai de Helena* continua: “Sim, ela tem câncer. E câncer não é contagioso. E por favor, gostaria que disponibilizasse o banheiro para que ela possa usar quando precisar. Os efeitos da quimioterapia são devastadores.”


O atendimento mudou ali. Já que iriam ser 3 ternos, e seis vestidos... Uma grana boa hein?

O pai assinou o contrato: Arnaldo Lancieira*. Nome da vendedora: Lucíola*. 

Quando Helena* está deixando a loja, Lucíola* vai até ela, segura sua mão e diz que vai orar por ela. Durante todas as provas do vestido, Lucíola* pedia que Helena* fosse nos horários que a gerente não estivesse para que ela se sentisse mais à vontade, caso se sentisse mal. Antes da formatura Lucíola* estava prestes a ter o bebê e entregou a Helena* um chaveiro com um anjo de metal e disse que imaginava o sofrimento de sua mãe. Lucíola* iria ser mãe dali um mês e se colocava no lugar da mãe de Helena*.
Helena* nunca se esqueceu daquela vendedora.

Helena* se formou. Se curou e foi trabalhar. Comprou seu primeiro carro e o chaveiro que colocou na chave de seu carro foi o chaveiro do anjo, presente de Lucíola*.

Algum tempo depois, estava de saída do seu plantão e o outro plantonista ainda não tinha chegado. Eram 19h30. Uma mãe desesperada com seu filho ia ao pronto socorro pela terceira noite consecutiva. O menino tinha dores horríveis no abdômen e uma febre alta. Helena*, agora Dra. Helena*, voltou para trás e pediu a enfermeira que trouxesse o menino. O diagnóstico foi rápido: “A tia vai apertar bem aqui do lado da sua barriga e não vai doer nada. Só que a hora que eu tirar minha mão, vai doer tanto, que vc pode me dar um soco.” – E assim foi. De tanta dor, o menino fez o que ela disse: deu-lhe um soco. Diagnóstico: Apendicite.

Foi uma cirurgia de urgência. Estava supurado, muito pus, mas tudo correu bem.
A mãe, desesperada pelo lado de fora: “Dra., meu filho vai viver?”
Dra Helena* responde: “Claro que vai. Já vi pessoas passarem por coisas piores. Agora eu vou indo. Vou prescrever a medicação e amanhã volto para vê-lo, ok? O outro plantonista já chegou e passarei o relatório a ele.”

Dra. Helena* chama a moça até sua sala para explicar sobre o repouso, os cuidados e prescrever os medicamentos.

“Como é seu nome mãe?”
A mãe responde: “Lucíola*.” 

Dra. Helena* lembrou-se deste nome, mas era só uma coincidência. Seis anos haviam passado. A mãe prosseguiu: “Eu trabalho numa loja onde alugamos trajes para casamentos, formaturas. Só pude vir agora, pois acabei de sair de lá.”
Dra. Helena* estremece: “Não pode ser.”

Escreveu a receita e bateu seu carimbo: Dra. Helena Lancieira* e entregou a receita para Lucíola*. Já estava de saída, quando Lucíola* a chama e diz: “Dra Helena Lancieira*. Este nome não me é estranho. Algum tempo atrás tivemos um cliente na loja com esse sobrenome, que não é nada comum. Mas não consigo me lembrar. Espera aí... Você...” 

Antes que terminasse, Dra. Helena* falou: “Eu sou aquela estudante que teve câncer antes da formatura. Aquela para quem você reservou os horários mais calmos para que se sentisse à vontade caso passasse mal. Você estava grávida, tinha acabado de se separar. Depois da formatura não voltei à loja. Pois ouvi quando sua gerente disse (na primeira vez que estive na loja) a alguns clientes que talvez eu não aguentasse até a formatura. Eu aguentei e aqui estou. Me lembro da última vez que nos vimos e você disse que sempre iria orar por mim. E me lembro mais ainda de uma coisa que você disse: O que não dói, não sara.” - Pegou a chave do carro e mostrou o chaveiro: "Lembra disso? Você sem me conhecer orou por mim e aqui estou eu."

Gostou? Compartilha. Ore por alguém desconhecido hoje. Amanhã a vida pode te mostrar o porque.

Os nomes são fictícios para preservar a identidade dos personagens que me confiaram esta linda história.

Mas resolvi postar hoje em homenagem a Fernanda, cunhada de um amigo meu. Ela está muito doente. Fez um transplante de medula óssea.

 "Incrível como a vida nos surpreende todo santo dia. Ora surpresas boas, ora outras que nos tiram o chão... Porque nos tirar o chão quando caminhávamos tão bem? Porque tanto sofrimento desumano? Essa noite não dormi bem. Alguém chamada Fernanda luta pela vida. Não a conheço. Mas gostaria de conhecê-la. Tem filhos? É casada? Quais filmes ela gosta? Qual seu chocolate predileto?

Hoje é seu 7º dia de luta após um transplante de medula. O quadro clínico oscila, noites difíceis. O organismo está se adaptando ao novo "corpo estranho" que recebeu. Porque isso acontece com as pessoas boas? Senhor, eu não sou digna de questionar Seus propósitos. Me fizeste humana. Humanos são teimosos, questionadores, egoístas, levianos... Não entendo porque isso acontece com pessoas boas enquanto ladrões, assassinos e corruptos estão por aí gozando de uma boa saúde. Imagino que hoje várias Fernandas estejam lutando por uma simples razão: QUERER VIVER!!!!"

Fernanda, estou longe e nem a conheço. Mas emano boas energias daqui. Vai dar tudo certo. Acredito muito nisso. Uma vez me disseram: "Aquilo que não dói, não sara."

Que Deus esteja com você e todas as forças do Universo!!! AVANTE!!! Sempre em frente!!!

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1 comentários

  1. Angela,
    Nao Tenho palavras pra demonstrar o que estou sentindo quando li o que vc escreveu.
    Uma mistura de ser amada, carinho, amizade, cumplicidade uma energia tão positiva!
    Não nos conhecemos pessoalmente, a distância e grande, mas isso não nos separa...
    A energia, as preses todo o apoio q você sempre deu a mim e minha família são atos que jamais serão esquecidos.
    Com certeza nós conheceremos um dia, não tenho dúvida!
    Um grande beijo

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