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Menina que ajudou bombeiro a salvar surdos aprendeu Libras aos 3 anos
quarta-feira, janeiro 20, 2016Menina que ajudou bombeiro a salvar surdos aprendeu Libras aos 3 anos
Emanuela Bassi, de 10 anos, virou 'intérprete' após acidente em Tatuí.
Menina aprendeu língua de sinais com a mãe em igreja de Capela do Alt
A menina Emanuela Bassi, ou Manu, de 10 anos, que ajudou o Corpo de Bombeiros a salvar três surdos depois de um acidente em Tatuí (SP), aprendeu a Língua Brasileira de Sinais (Libras) aos 3 anos de idade na igreja que a família frequenta, conta a mãe dela, Carina Bassi. “A Manu começou a frequentar as aulas de Libras comigo. Pouco tempo depois o Lúcio [marido de Carina] fez parte de nossas vidas”, conta.
O padrasto, Lúcio Vicente Menk, foi uma das vítimas que tiveram ajuda de Manu durante o resgate. Além dele, outros dois passageiros, também surdos, estavam no carro que bateu em uma motocicleta na Rodovia Senador Laurindo Dias Minhoto (SP-141) em Tatuí, em 14 de novembro de 2015. A família mora em Capela do Alto (SP).
Carina conta que desmaiou depois da batida e restou à Manu fazer a tradução entre as vítimas e os socorristas. “Eu cheguei lá e viram que eu conseguia me comunicar. Eles [bombeiros] pediram para pedir os dados deles, depois repassar. Pediam para perguntar a idade, se eles estavam sentindo alguma dor em qual local. Tinha que repassar para eles”, conta Manu.
Todos os ocupantes do carro tiveram ferimentos leves. O motociclista ficou mais gravemente ferido. Mesmo assim, dois meses depois do acidente Lúcio Menk ressalta que o pior desse tipo de situação é não conseguir comunicar-se. “Foi difícil para ele porque as pessoas que não sabem sinais não entendem. Ele tenta, mas não consegue”, traduziu Manu à equipe da TV TEM.
Apesar da Libras ser algo normal no dia-a-dia da Manu, ela já consegue compreender a importância da palavra inclusão: “Se algum surdo passar apuro não tem como falar. Então era bom que as pessoas aprendam um pouquinho para poderem ajudar”, reflete.
O sargento Elias de Moraes, do Corpo de Bombeiros em Tatuí, foi o responsável pela equipe que atendeu a ocorrência e concorda com a garota. “Um simples gesto pode salvar uma vida. Eu creio que a linguagem de sinais, para mim com esses 24 anos de corporação, ficou comprovado que isso foi fundamental para gente ter o melhor atendimento para as pessoas naquele momento”, ressalta.
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