Papai Noel aprende libras para atender crianças surdas em São José
Mais de 20 crianças com deficiência auditiva fizeram seus pedidos ao Noel.
Por meio da língua de sinais eles conseguiram se comunicar.
Empenhado em receber os pedidos das crianças, um Papai Noel de São José dos Campos, no interior de São Paulo, decidiu aprender a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para se comunicar com deficientes auditivos. Às vésperas do Natal, um grupo de mais de 20 crianças e adolescentes atendidos pela Associação de Apoio ao Deficiente Auditivo (AADA) puderam conversar, pela primeira vez, com um Papai Noel em libras.
Aos seis anos, a menina Ana Beatriz começa a aprender a língua de sinais. Toda a comunicação em sinais ainda é novidade. Ela ficou ansiosa e curiosa ao encontrar o bom velhinho. “Ela ficou surpresa porque ela não sabia que o Papai Noel falava em libras. É um incentivo a mais para ela apreender”, afirmou a mãe Edna Maria Silva.
Aos seis anos, a menina Ana Beatriz começa a aprender a língua de sinais. Toda a comunicação em sinais ainda é novidade. Ela ficou ansiosa e curiosa ao encontrar o bom velhinho. “Ela ficou surpresa porque ela não sabia que o Papai Noel falava em libras. É um incentivo a mais para ela apreender”, afirmou a mãe Edna Maria Silva.
A iniciativa do Papai Noel, José Mario de Santos, de 66 anos, surgiu depois que ele atendeu, no ano passado, uma criança surda e se sentiu mal por não conseguir se comunicar por ela.
"Daquele dia decidi que tinha que me empenhar para aprender libras, para poder atender a todos. Não foi fácil, mas poder me comunicar com essas crianças hoje foi muito gratificante. Elas me deixaram mais feliz do que possivelmente eu a elas", disse emocionado.
Ele atua pelo segundo ano em um shopping da zona sul de São José. O encontro entre ele e as crianças com deficiência auditiva foi promovido pelo centro de compras na tarde desta segunda-feira (21).
Ao conseguir se comunicar com o Papai Noel por meio dos sinais, o menino Ricardo Dourado, de 7 anos, não teve dúvidas de que aquele era o bom velhinho de verdade. Ele pediu um relógio do seu personagem de desenho favorito. Em libras, o Papai Noel perguntou “é muito caro?”. Ricardo respondeu que pediria a mãe o dinheiro para que seu presente pudesse ser comprado.
Iniciativa
A presidente da associação, que atende deficientes auditivos em São José, Silvana Trigo, conta que essas crianças levadas ao encontro estão acostumadas a enfrentar dificuldades porque poucas pessoas sabem a língua de sinais.
Iniciativa
A presidente da associação, que atende deficientes auditivos em São José, Silvana Trigo, conta que essas crianças levadas ao encontro estão acostumadas a enfrentar dificuldades porque poucas pessoas sabem a língua de sinais.
“Elas, como qualquer criança, mantém a fantasia e esperam seus presentes na noite de Natal. Ter um Papai Noel que sabe libras foi com certeza uma grande surpresa para elas”, disse Silvana.
Diego dos Santos, de 19 anos, assume que já está grandinho, mas mesmo assim quis conhecer o Papai Noel que sabe a língua dos surdos. “Quando vou a um lugar, por exemplo em uma loja, preciso escrever em um papel o que eu quero comprar. Gostaria que mais pessoas falassem em libras”, disse. Ele apreendeu libras há apenas quatro anos apreendeu a libras e hoje é professor.
Para quem quer apreender libras, a intérprete Marta Filomena de Paiva dá a dica. "Não basta apreender em sala de aula, é preciso perder o medo, a timidez e procurar outros surdos para se comunicar. Como em qualquer idioma é preciso aprender na prática e a gente aprende muito com eles”, afirmou.
Diego dos Santos, de 19 anos, assume que já está grandinho, mas mesmo assim quis conhecer o Papai Noel que sabe a língua dos surdos. “Quando vou a um lugar, por exemplo em uma loja, preciso escrever em um papel o que eu quero comprar. Gostaria que mais pessoas falassem em libras”, disse. Ele apreendeu libras há apenas quatro anos apreendeu a libras e hoje é professor.
Para quem quer apreender libras, a intérprete Marta Filomena de Paiva dá a dica. "Não basta apreender em sala de aula, é preciso perder o medo, a timidez e procurar outros surdos para se comunicar. Como em qualquer idioma é preciso aprender na prática e a gente aprende muito com eles”, afirmou.
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