Noivos surdos têm cerimônia de casamento em Libras no Amapá
Amigos do casal trouxeram padre surdo do Paraná para a cerimônia.
Casamento ocorreu no dia 22 em uma igreja da Zona Norte de Macapá.
O casal Tomé Júnior e Suelenne Souza, ambos com deficiência auditiva, realizou o sonho de se casar numa cerimônia celebrada em Libras - língua brasileira de sinais -, por um padre também surdo, no Amapá. O matrimônio foi no domingo (22), em uma igreja na capital. A benção pelo sacerdote do Paraná foi uma surpresa aos noivos, organizada pelos amigos. A Rede Amazônica no Amapá registrou o momento. (veja vídeo acima)
Tomé contou que ter o casamento celebrado por um padre surdo era um sonho. Ele e Suelenne ficaram noivos em janeiro de 2015. O casal se conheceu há quatro anos, durante um curso de libras, e o casamento foi marcado depois que ela ficou grávida.
O noivo disse que chegou a conhecer através da internet o sacerdote curitibano Wilson Czaia, que também é deficiente auditivo. Ele conta que tentou trazer o padre para Macapá, para a celebração do casamento, mas o sacerdote, conhecido por abençoar a união de surdos pelo país, informou que não poderia comparecer por conta de compromissos paroquiais.
"Nós conversamos e ele disse que não tinha como vir pois ele estava muito ocupado", contou.
Suelenne disse que ficou triste pelo noivo. Mesmo assim, a família marcou o casamento na igreja Nossa Senhora Aparecida, no bairro Pacoval, Zona Norte de Macapá. A cerimônia seria celebrada por outro padre.
"Era um desejo nosso, pois o próprio padre disse ao meu marido que queria muito vir para cá, mas a agenda dele não estava conciliando com a data do nosso casamento", disse Suelenne.
O que os noivos não sabiam, porém, era que um grupo de amigos do casal preparava uma surpresa para o dia do matrimônio. Eles haviam comprado as passagens aéreas para o padre, que iria aparecer de surpresa na igreja.
A ideia foi do coordenador da Pastoral do Surdo, Gabriel Cordeiro, que também é amigo do casal. Ele disse que se viu na obrigação de realizar o sonho dos noivos.
"Eu senti que Deus falava no meu coração. Combinei com outros amigos para poder ajudá-los, pagar a passagem do padre, fazer ele vir até aqui e fazer essa surpresa no dia do matrimônio", contou Cordeiro.
O seminarista Wendel Chaves, do Pará, também ajudou com a surpresa. Ele anunciou, momentos antes do casamento iniciar, que o padre que faria a celebração não compareceria, e que, portanto, a cerimônia deveria ser remarcada.
"Após eu falar que não teria mais casamento eu pedi para eles [casal] olharem para trás, e eles viram o padre Wilson [do Paraná] entrando pela porta", contou.
A ideia foi do coordenador da Pastoral do Surdo, Gabriel Cordeiro, que também é amigo do casal. Ele disse que se viu na obrigação de realizar o sonho dos noivos.
"Eu senti que Deus falava no meu coração. Combinei com outros amigos para poder ajudá-los, pagar a passagem do padre, fazer ele vir até aqui e fazer essa surpresa no dia do matrimônio", contou Cordeiro.
O seminarista Wendel Chaves, do Pará, também ajudou com a surpresa. Ele anunciou, momentos antes do casamento iniciar, que o padre que faria a celebração não compareceria, e que, portanto, a cerimônia deveria ser remarcada.
"Após eu falar que não teria mais casamento eu pedi para eles [casal] olharem para trás, e eles viram o padre Wilson [do Paraná] entrando pela porta", contou.
A presença do sacerdote curitibano e do seu intérprete na igreja emocionou noivos e convidados. Ele disse que a experiência valeu a pena.
"Foi um pouco difícil chegar, mas conseguimos. Foram sete horas de viagem até Macapá. Nós aceitamos esse sacrifício porque o mais importante é ajudar", disse o sacerdote.
Emocionada, Suelenne falou que chegou a se desesperar com a situação, mas depois que descobriu a surpresa viveu uma experiência única.
"Foi um sonho realizado para mim e para o meu marido, pois a gente pensou que ia dar tudo errado e no final fomos surpreendidos. Foram momentos que eu nunca vou esquecer", comemorou a noiva.
"Foi um pouco difícil chegar, mas conseguimos. Foram sete horas de viagem até Macapá. Nós aceitamos esse sacrifício porque o mais importante é ajudar", disse o sacerdote.
Emocionada, Suelenne falou que chegou a se desesperar com a situação, mas depois que descobriu a surpresa viveu uma experiência única.
"Foi um sonho realizado para mim e para o meu marido, pois a gente pensou que ia dar tudo errado e no final fomos surpreendidos. Foram momentos que eu nunca vou esquecer", comemorou a noiva.
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